Missa

O Credo

Oração Inicial

Oração ao Espírito Santo

Objetivo do Encontro

Estudar alguns fundamentos básicos sobre as verdades da fé cristã que são expostas na oração do Credo. E conhecer a importância da oração.

Dinâmica

Dividi-los em 4 grupos. Cada um fica com um trecho da oração do Credo – para isso usamos o folheto da missa mesmo (obs: verificar se o credo do domingo é o “normal” ou o nicenoconstantinopolitano. Tem que ser o “normal”) – e cada grupo deverá discutir:
– qual o seu entendimento desta parte da oração do Credo? A partir do que eu conheço da religião e do mundo a minha volta (nossa vida, nosso cotidiano), como eu posso entender melhor essa passagem?

Após a discussão, cada grupo deverá utilizar exemplos do dia-a-dia para explicar que às vezes rezamos a oração do Credo sem confiar plenamente no que ela diz. Depois da apresentação de cada grupo a respeito do trecho, expor ao grupo as ideias sobre o trecho.

1º GRUPO:

CREIO EM DEUS – Nosso Deus é o único Senhor (Deuteronômio 6,4; Marcos 12,29).
PAI TODO-PODEROSO – O que é impossível para os homens é possível para Deus (Lucas 18,27)
CRIADOR DO CÉU E DA TERRA – No princípio, Deus criou o céu e a terra (Gênesis 1,1).
CREIO EM JESUS CRISTO – Ele é o resplendor glorioso de Deus, a imagem própria do que Deus é (Hebreus 1,3).
SEU ÚNICO FILHO – Pois Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único, para que todo aquele que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna (João 3,16).
NOSSO SENHOR – Deus o fez Senhor e Messias (Atos 2,36).
QUE FOI CONCEBIDO POR OBRA E GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO – O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Deus Altíssimo repousará sobre ti como uma nuvem. Por isso, o menino que irá nascer será chamado Santo e Filho de Deus (Lucas 1,35).

2º GRUPO:

NASCEU DA SANTA VIRGEM MARIA – Tudo isto ocorreu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito por meio do profeta: A virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado Emanuel, que significa: Deus está conosco) (Mateus 1,22-23).
PADECEU SOB O PODER DE PÔNCIO PILATOS – Pilatos tomou então a Jesus e mandou açoitá-lo. Os soldados trançaram uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça de Jesus e o vestiram com uma capa escarlate (João 19,1-2).
FOI CRUCIFICADO – Jesus saiu carregando sua cruz para ir ao chamado lugar da caveira (que em hebraico chama-se Gólgota). Ali o crucificaram e, com ele, outros dois, um de cada lado. Pilatos mandou afixar sobre a cruz um cartaz, que dizia: Jesus de Nazaré, rei dos judeus (João 19,17-19).
MORTO E SEPULTADO – Jesus gritou fortemente: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito! e, ao dizer isto, morreu (Lucas 23,46). Depois de baixá-lo da cruz, o envolveram em um lençol de linho e o puseram em um sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda havia sido sepultado (Lucas 23,53).
DESCEU AOS INFERNOS – Como homem, morreu; porém, como ser espiritual que era, voltou à vida. E como ser espiritual, foi e pregou aos espíritos encarcerados (1Pedro 3,18-19).
AO TERCEIRO DIA, RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS – Cristo morreu por nossos pecados, como dizem as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1Coríntios 15,3-4).

3º GRUPO:

SUBIU AOS CÉUS, ONDE ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI TODO-PODEROSO – O Senhor Jesus foi levado ao céu e se sentou à direita de Deus (Marcos 16,19).
DE ONDE HÁ DE VIR PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS – Ele nos enviou para anunciar ao povo que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10,42).
CREIO NO ESPÍRITO SANTO – Pois Deus encheu nosso coração com o seu amor por meio do Espírito Santo que nos deu (Romanos 5,5).
CREIO NA IGREJA QUE É UNA – Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e Eu em ti; que eles sejam também um em Nós para que o mundo creia que Tu me enviaste (João 17,21; João 10,14; Efésios 4,4-5).
É SANTA – A fé confessa que a Igreja… não pode deixar de ser santa (Efésios 1,1). Com efeito, Cristo, o Filho de Deus, a quem o Pai e com o Espírito Santo se proclama o Santo, amou a sua Igreja como sua esposa (Efésios 5,25). Ele se entregou por ela para santificá-la, a uniu a Si mesmo como seu próprio corpo e a encheu do dom do Espírito Santo para a glória de Deus (Efésios 5,26-27). A Igreja é, portanto, o povo santo de Deus (1Pedro 2,9) e seus membros são chamados santos (Atos 9,13; 1Coríntios 6,1; 16,1).

4º GRUPO:

É CATÓLICA – E Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e nem o poder da morte poderá vencê-la (Mateus 16,18). Possui a plenitude que Cristo lhe confere (Efésios 1,22-23). É católica porque foi enviada em missão por Cristo à totalidade do gênero humano (cf. Mateus 28,19).
É APOSTÓLICA – O Senhor Jesus dotou a sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a total consumação do Reino. Antes de mais nada houve a escolha dos Doze Apóstolos, tendo Pedro como cabeça (cf. Mateus 3,14-15), visto que representavam as Doze Tribos de Israel (cf. Mateus 19,28; Lucas 22,30). Eles são os fundamentos da Nova Jerusalém (cf. Apocalipse 21,12-14). Os Doze (cf. Marcos 6,7) e os outros discípulos (cf. Lucas 10,1-2) participaram da missão de Cristo, em seu poder e também em sua sorte (cf. Mateus 10,25; João 15,20). Com todas estas providências, Cristo preparou e edificou a sua Igreja (2Timóteo 2,2).
CREIO NA COMUNHÃO DOS SANTOS – Depois disso, olhei e vi uma grande multidão de todas as nações, raças, línguas e povos. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, e eram tantos que ninguém podia contá-los (Apocalipse 7,9).
NO PERDÃO DOS PECADOS – Aqueles a quem perdoares os pecados ser-lhe-ão perdoados (João 20,23).
NA RESSURREIÇÃO DA CARNE – Cristo dará nova vida a seus corpos mortais (Romanos 8,11).
E NA VIDA ETERNA – Ali não haverá noite e os que ali vivem não precisarão da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque Deus, o Senhor, lhes dará sua luz e eles reinarão por todos os séculos (Apocalipse 22,5).
AMÉM – Assim seja! Vem, Senhor Jesus! (Apocalipse 22,20).

Formação 1

Oração é a comunicação com Deus. A pessoa expressa a ele o que quer dizer e tenta perceber
qual a vontade dele a seu respeito.
Deus é o Criador, nós somos a criatura.
A relação da criatura com o Criador é o núcleo central da religião. Está ligado aos demais
relacionamentos humanos: troca de informações e sentimentos com as pessoas, agressão ou
respeito à natureza. O tipo de relacionamento do homem com a natureza e com as demais pessoas
mostra a posição que ele toma diante de Deus.
Oração é o resultado de nossa busca de Deus e de nosso esforço: são as atitudes e as ações
que tomamos ou fazemos em vista da relação de amor com ele.
Oração é a tentativa de diálogo amoroso da criatura com o Criador. Esta relação supõe esforço
de comunicação e atenção para perceber os sinais e palavras de Deus, que chegam ao homem,
quase sempre, de forma indireta.
Pelo fato de sermos limitados e Deus infinito, o nosso relacionamento com Deus nos coloca em
dependência amorosa, como filho em relação ao pai. Quando alguém se julga independente de Deus,
restam-lhe poucas oportunidades de estabelecer relações com Deus. .
Nós fomos criados por amor, para amar e ser amado pelos demais e por Deus.
Acolher pessoas e acontecimentos é atitude de amor. Rejeitar é atitude de desamor e de egoísmo.
Jesus nos revelou que o Pai ama incondicionalmente seus filhos e quer a felicidade de cada um
deles. As posições que Jesus tomou perante o Pai e o relacionamento que teve com ele devem servir
de modelo para nós. Ele se relacionava com o Pai como se estivesse próximo, presente ao seu lado
(Lc 10, 21 ; Jo 17, 1 – 26). Portanto, antes de tentar relacionamento mais profundo com Deus, é
preciso tomar consciência da imagem que temos dele. É importante que passemos da imagem que
temos dele para aquela que Jesus nos mostrou, que nos é transmitida pelos evangelhos: o Pai é
cheio de amor, quer o bem para seus filhos, cuida de cada um de nós, de modo especial daqueles
que o amam. Para fazer-nos crescer ele usa a pedagogia do amor e do sofrimento (parábola do
agricultor que poda a videira para que produza mais frutos).
Para alcançar bom relacionamento com Deus são necessárias algumas atitudes:

  • Reconhecer a soberania de Deus sobre o mundo e sobre nossa pessoa e vida; Deus é
    nosso Criador e Senhor, nosso dono.
  • Manter atitude de humilde dependência em relação a ele; o egoísmo leva a pessoa a
    considerar-se outro deus, senhor de si.
  • Dar oportunidade para que ele se manifeste em nossa vida: se vivermos sempre ocupados,
    sem dispor de algum tempo só para Deus, ele não terá espaço para se manifestar; o cultivo do amor
    exige disponibilidade de tempo.
  • Desejar ardentemente viver na presença de Deus e ser envolvido por seu
    amor.

A maior dificuldade no relacionamento com Deus é o pecado, a vida fora do seu mandamento, a
vida sem fé. Quem vive longe de Deus não pode relacionar-se com ele. Esse obstáculo pode ser
removido pela busca do perdão.
Dificulta a relação com Deus o fato de colocarmos nossa confiança fora dele, em nossas
próprias capacidades; em práticas mágicas, em sorte, em superstições, em várias formas de
espiritismo, que atribuem poderes a objetos que não os tem, em falsas religiões, etc. Tudo isso afasta
a pessoa de Deus e torna difícil o relacionamento com ele. É preciso recordar que o único Salvador e
Senhor é Jesus Cristo.
Em nossa vida, em nosso agir devemos tomar o seguinte princípio: Fazer nossas atividades
com tal empenho, como se tudo dependesse de nós e confiar em Deus como se tudo dependesse
dele.

Oração na Vida de Jesus:

Jesus foi homem de oração. Sua novidade religiosa consiste na relação pessoal com Deus,
mediante a oração, e em atitudes coerentes com os demais homens, tendo por base a relação da
pessoa com Deus: amor a Deus e amor aos homens. Ele foi homem de oração e a intensificou nos
momentos importantes de sua vida:

  • Antes de começar o anúncio do Reino, quarenta dias no deserto (Lc 4, 1 – 2)
  • Antes de escolher os doze, uma noite em oração (Lc 6, 12)
  • Quando vivia momento muito importante com seus discípulos (Jo 17)
  • Antes de enfrentar a paixão, no jardim das oliveiras (Lc 22, 31 – 46)

Instruções Básicas sobre a Oração:
Além do exemplo pessoal de Jesus, encontramos ensinamentos sobre a oração:

  • orar só, em encontro pessoal com Deus (Mt 6, 5 – 6)
  • ter profunda confiança (Mt 7, 7 – 11)
  • louvar a Deus e pedir por nossas necessidades (Mt 6, 7 – 13)
  • orar com insistência (Lc 11, 5 – 24)
  • pedir com convicção a fortaleza e a fidelidade a Deus (Mt 26, 40)
  • invocar o Pai em nome de Jesus ( Jo 16, 23b – 28)

Invocar o nome de Jesus significa expressar nossa fé nele, que provém de Deus. A fé e o amor
por Jesus abre nosso ser a Deus, que em seu Filho Jesus, nos vê como filhos e por causa dele nos
acolhe, provendo as exigências da nossa fé.
Devemos aprender e reaprender a orar m Nome de Jesus, isto é, crescer no seu conhecimento
e graça.
A oração garante o atendimento dos nossos pedidos e então a nossa alegria será completa
porque será a alegria que nasce da fé, a alegria de Deus que em nós realiza a sua vontade.

Formação 2

INTRODUÇÃO

Desde o tempo dos Apóstolos a Igreja teve a preocupação de recolher o essencial da fé cristã e expressá-lo por meio de sentenças resumidas, breves, a fim de facilitar a compreensão. Este material destinava-se principalmente àqueles que iam se convertendo à fé cristã, tornando-se candidatos ao batismo.
Aos “resumos da fé” dá-se o nome de “profissões de fé”. A palavra Credo significa “creio”, e corresponde à primeira palavra da oração. Uma outra denominação é de “Símbolos da fé”.
Estudaremos abaixo o “Símbolo dos Apóstolos”, ou “Credo”, que corresponde à versão mais antiga da Igreja.
O Credo está dividido em 3 partes:
– 1ª: Fala sobre a primeira pessoa da Santíssima Trindade e sobre a obra da criação.
– 2ª: Fala sobre a segunda pessoa da Santíssima Trindade e sobre o Mistério da Redenção.
– 3ª: Trata da terceira pessoa da Santíssima Trindade, que é a fonte e princípio da santificação.

1. Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.

– Eu creio – Eu coloco a minha fé;
– Deus: é o Primeiro e o Último (Is 44,6). Expressamos a fé no Deus que é Único, que é Verdade e Amor.
– Deus Pai: 1ª pessoa da Santíssima Trindade;
– Todo Poderoso: revela a onipotência de Deus. A onipotência é universal (Deus criou tudo e governa tudo), é de amor (Deus é nosso Pai) e é misteriosa, pois somente a fé é capaz de discerni-la.
– Criação do céu e da terra: a criação é o começo e o fundamento de todas as obras de Deus. A criação é o começo da História da Salvação e tem seu ponto principal em Jesus Cristo. A expressão ‘céu e terra’ revela que a terra é o mundo dos homens. Céu é o lugar próprio de Deus e das criaturas espirituais. Céu também é o lugar da glória no final dos tempos.

2. E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor.

– O nome de Jesus significa “Deus que salva”. A criança nascida da Virgem Maria é chamada “Jesus”, pois “Ele salvará seu povo de seus pecados” (Mt 1,21).
– O nome Cristo significa Ungido ou Messias. Jesus é o Cristo, pois “Deus o ungiu com Espírito Santo e com poder” (At 10,38).
– O nome Filho de Deus significa a relação única e eterna de Jesus Cristo com Deus seu Pai: Ele é o Filho Único do Pai e o próprio Deus. Crer que Jesus Cristo é Filho de Deus é necessário para ser cristão.
– O nome Senhor designa a soberania divina. Confessar ou invocar Jesus com Senhor é crer na sua divindade.

3. Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.

– Trata-se aqui do Mistério da Encarnação. “E o verbo (= JC) se fez carne e habitou entre nós…”.
– A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho. O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é o Senhor que dá a Vida, fazendo-se com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua.
– Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de seu Filho. “Cheia de graça”, ela é o “fruto mais excelente da Redenção”. Desde o primeiro instante da sua concepção foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.
– Maria é verdadeiramente “Mãe de Deus”, visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus.

4. Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.

– Cristo morreu por nossos pecados segundo as Escrituras. (1Cor 15,3)
– Nisto consiste a redenção de Cristo: Ele “veio dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20,28), isto é, “amar os seus até o fim” (Jo13, 1), para que sejais “libertados da vida fútil que herdastes dos seus pais” (1Pd 1,18).

5. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia;

– A expressão “mansão dos mortos” ou “morada dos mortos”, ou ainda “sheol” ou “hades” se referia ao “local/ estado” de todos os que já haviam morrido antes da morte de Jesus. A ninguém ainda havia sido permitida a visão beatífica.
– “A Boa-Nova foi igualmente anunciada aos mortos”.(1Pd 4,6)
– É o cumprimento da plenitude da Redenção da obra de Cristo para todos os homens de todos os tempos e lugares.
– A ressurreição de Jesus é a confirmação de sua divindade, de seus ensinamentos.
– A ressurreição de Cristo é princípio de fonte de nossa ressurreição futura.
– Jesus ressuscitou como corpo glorioso.

6. Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, Todo Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

– Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade. (S. João Damasceno).
– “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos vivos e dos mortos…” (Rm 14,9).
– Na catequese de Mt 25,31ss, Jesus diz que um dia este mundo deixará de existir. Só Deus é quem sabe quando. Nesta ocasião teremos a volta de Jesus Glorioso e o chamado Juízo Final.
– Ao vir no fim dos tempos julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará a disposição secreta dos corações e retribuirá a cada um segundo suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado a sua graça.

7. Creio no Espírito Santo; – Ver Encontro da Crisma sobre o Espírito Santo.

8. Na Santa Igreja Católica; – Ver Encontro da Crisma sobre a Igreja.

9. Na comunhão dos santos;

– A Igreja é “comunhão dos santos”: esta expressão designa primeiro as “coisas santas”, e antes de tudo a Eucaristia, pela qual é representada e realizada a unidade dos fiéis que em Cristo formam um só corpo.
– Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos defuntos que estão terminando sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando todos uma só Igreja, e cremos que nesta comunhão o amor misericordioso de Deus e dos seus santos está sempre à escuta de nossas orações.

10. No perdão (remissão) dos pecados;

– Foi dando o Espírito Santo aos seus Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes conferiu seu próprio poder divino de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes lhes serão retidos” (Jo 20,22-23).
– Pela vontade de Cristo, a Igreja possui o poder de perdoar os pecados dos batizados, e o exerce através dos bispos e dos presbíteros (padres) de maneira habitual no sacramento da Reconciliação.

11. Na ressurreição da carne;

– A ressurreição de Cristo é obra da Santíssima Trindade e a nossa também será.
– O termo “carne” designa o homem na sua condição de fraqueza e de mortalidade. A “ressurreição da carne” significa que após a morte não haverá somente a vida da alma imortal, mas que mesmo os nossos “corpos mortais” (Rm 8,11) readquirão a vida.
– Na liturgia (Prefácio da Missa dos Defuntos) se reza: Senhor, para os crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.

12. Na vida eterna.

– Fomos criados por amor e para a glória de Deus.
– Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre.
– “No ocaso da nossa vida, seremos julgados quanto ao amor”. S. João da Cruz.

13. Amém.

– A palavra amém no final do Credo retoma e confirma, portanto, as suas duas primeiras palavras: “eu creio”. Crer é dizer amém às palavras, às promessas, aos mandamentos de Deus, é fiar-se totalmente daquele que é o Amém de infinito amor e de fidelidade perfeita.
– O próprio Jesus Cristo é o Amém (Ap 3,14). Ele é o Amém definitivo do amor do Pai por nós.

Conclusão

Devemos ter em mente que a oração é nossa conversa particular com Deus, nosso amigo. Ele não é um estranho, mas nos ama e nos ouve sempre. Tenhamos olhos e ouvidos atentos e nos coloquemos em oração para falar com Deus e também ouvi-Lo.

Oração Final

Oração do Credo.

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domingo, maio 2nd, 2010 Credo, Encontros, Formação, Liturgia, Missa, oração Comentários desativados em O Credo

Missa

Objetivo do Encontro

A Santa Missa é o ritual mais completo de todos, pois ela consiste na meditação das Sagradas Escrituras, na oração e vida comunitária e também nela estamos em contato maior com Deus pelo sacramento da Eucaristia. Por isso devemos participar da missa Nossa Santa Igreja Católica é Igreja por completo, então sejamos tão completos quanto a Mãe Igreja, vivendo Cristo em nossas vidas, pois se com Ele somos Nele seremos vitoriosos.

Dinâmica

Separar em grupos de no máximo 4 pessoas e realizar as seguintes perguntas (deixar um folheto da missa para cada crismando):
1. Perguntar aos crismandos o que acham da missa. Vão à missa? Quais os motivos? É importante ir á missa?
2. Quem vai à missa, consegue entender que há divisões durante a celebração? Quais? Além disso, consegue ver e descrever os detalhes de cada parte?
3. A celebração daqui da Santo Antônio é diferente de outra paróquia? Em que?

Depois cada grupo volta para o grupo maior e detalha o que foi respondido.
Após a discussão em pequenos grupos, abre-se para quem se sentir a vontade comentar conforme formos dando a formação, e podemos puxar uma ou outra resposta, sem forçar ninguém. Anotar as principais idéias surgidas no debate, e a partir delas conversar sobre os seguintes pontos:
1. Domingo: Dia do Senhor
2. Participar da missa no final de semana é preceito da Igreja. No domingo ou no sábado após as 12h00.
3. Assistir ou participar da missa?
4. “Vou à missa só quando tenho vontade, afinal, tem que ser um gesto espontâneo”. Tudo bem, mas aplicar o mesmo raciocínio com o namorado ou com a namorada. Quando se ama de verdade, o amor supera a vontade. Ah… aplicar também o mesmo raciocínio na escola ou no trabalho.

Formação

Adicional 1:

POSIÇÕES DO CORPO
Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também “fala” através dos
gestos e atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um
louvor visível não só a Deus, mas também a todos os homens.
Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a
catequese, pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar
sobre a Palavra que está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando
prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa
adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total
submissão a Ele e à sua vontade.
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.
1) A missa é ação de graças
A missa também pode ser chamada de eucaristia, ou seja, ação de graças. E a
partir da passagem do servo de Abraão pudemos ter uma noção do que é uma oração
eucarística ou de ação de graças. Pois bem, esta atitude de ação de graças recebe o nome
de berakah em hebraico, que traduzindo-se para o grego originou três outras palavras:
euloguia, que traduz-se por bendizer; eucharistia, que significa gratidão pelo dom recebido
de graça; e exomologuia, que significa reconhecimento ou confissão.
Diante da riqueza desses significados podemos nos perguntar: quem dá graças a
quem? Ou melhor, dizendo, quem dá dons, quem dá bênçãos a quem? Diante dessa
pergunta podemos perceber que Deus dá graças a si mesmo, uma vez que sendo uma
comunidade perfeita o Pai ama o Filho e se dá por ele e o Filho também se dá ao Pai, e
deste amor surge o Espírito Santo. Por sua vez, Deus dá graças ao homem, uma vez que
não se poupou nem de dar a si mesmo por nós e em resposta o homem dá graças a Deus,
reconhecendo-se criatura e entregando-se ao amor de Deus. Ora, o homem também dá
graças ao homem, através da doação ao próximo a exemplo de Deus. Também o homem
dá graças à natureza, respeitando-a e tratando-a como criatura do mesmo Criador. O
problema ecológico que atravessamos é, sobretudo, um problema eucarístico. A natureza
também dá graças ao homem, se respeitada e amada. A natureza dá graças a Deus
estando a serviço de seu criador a todo instante.
A partir desta visão da ação de graças começamos a perceber que a Missa não se
reduz apenas a uma cerimônia realizada nas Igrejas, ao contrário, a celebração da
Eucaristia é a vivência da ação de Deus em nós, sobretudo através da libertação que Ele
nos trouxe em seu Filho Jesus. Cristo é a verdadeira e definitiva libertação e aliança,
levando à plenitude a libertação do povo judeu do Egito e a aliança realizada aos pés do monte Sinai.
2) A missa é sacrifício
Sacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que
do latim temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, pois esta
vem de Deus. Por natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do
pecado. Sacrifício, então, significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada
quando reconhece que esta é dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição
de homem reconhece-se como criatura e se entrega totalmente ao Pai, não poupando nem
sua própria vida. Jesus nesse momento está representando toda a humanidade. Através
de sua morte na cruz dá a chance aos homens e às mulheres de novamente orientarem
suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição de sacerdotes e sacerdotisas.
Com isso queremos tirar aquela visão negativa de que sacrifício é algo que
representa a morte e a dor. Estas coisas são necessárias dentro do mistério da salvação,
pois só assim o homem pode reconhecer sua fraqueza e sua condição de criatura.
3) A Missa também é Páscoa
A Páscoa foi a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, bem como a
aliança selada no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. E diante desses fatos o povo
hebreu sempre celebrou essa passagem, através da Páscoa anual, das celebrações da
Palavra aos sábados, na sinagoga e diariamente, antes de levantar-se e deitar-se,
reconhecendo a experiência de Deus em suas vidas e louvando a Deus pelas experiências
pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude de ação de graças, vivendo
a todo instante a Páscoa em suas vidas.

Adicional 2:

a) Comentário inicial.

Situa a celebração no tempo litúrgico e convida a assembléia para o inicio com o canto de entrada.

b) Ritos iniciais.

Procissão de entrada.
Sinal da cruz, saudação e acolhida.
Ato penitencial (reconhecer que somos pecadores).
Hino do Glória (após o perdão, dar glória a Deus).

c) Liturgia da Palavra.

Três leituras (profetas, apóstolo e Evangelho).
Homilia (ligar a palavra com nossa vida).
Profissão de fé (afirmação das verdades da fé).
Oração dos fiéis (quando se colocam as necessidades da Igreja e da comunidade local).

d) Liturgia Eucarística.

Ofertório (momento em que fazemos ofertas espontâneas ou mesmo ofertamos nossa vida).
Oração Eucarística (é o momento em que louvamos a Deus pela obra da salvação, inovação do Espírito Santo e a consagração da hóstia em corpo de Cristo).

e) Rito de comunhão.

Pai Nosso.
Oração e gesto da paz.
Fração do pão e vinho.
Convite à comunhão.
Oração após comunhão.

f) Rito Final.

Canto final.

Adicional 3:

Deus libertou os judeus da escravidão do Egito e os levou pelo deserto até o Monte Sinai. Todos os anos o povo celebrava essa libertação com um sacrifício de ação de graças: imolavam e comiam um cordeiro. O sangue do cordeiro era oferecido a Deus como um símbolo de arrependimento dos pecados, condição imprescindível para que o povo esteja unido a Deus.
Esta era a chamada ceia pascal, que lembrava o dia em que, depois de 400 anos, os judeus ficaram livres da escravidão. Essa festa celebrava a aliança entre Deus e o povo.
Na Quinta-Feira Santa, ao celebrar a ceia pascal, Jesus inaugurou a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens. Nesta aliança o sangue do Filho de Deus foi oferecido em perdão dos pecados. Além disso, se no Antigo Testamento os judeus se alimentavam do cordeiro, na Nova e Eterna Aliança o próprio Jesus se dá em alimento, instituindo a Eucaristia.
Essa foi a primeira missa do mundo. Jesus quis que este ato fosse repetido pelos apóstolos: “Fazei isto em minha memória” (Lc. 22,19).
– Acompanhar, com o folheto “O Domingo” em mãos, o significado de cada parte da missa:

Ritos Iniciais
Comentário Inicial e Canto de Entrada: a missa é um encontro entre irmãos.
Acolhida: o sacerdote, aquele que preside a celebração, dá as boas vindas ao povo.
Ato Penitencial: pedir perdão dos nossos pecados é condição para acontecer nosso encontro com Deus.
Hino de Louvor: expressamos nossa alegria de ser filhos de Deus, que nos ama e perdoa as nossas faltas.
Liturgia da Palavra
1ª Leitura, Salmo, 2ª Leitura e Evangelho: é o momento em que escutamos a Palavra de Deus.
Homilia (sermão): o sacerdote faz alguns comentários sobre as leituras, normalmente relacionando-as aos aspectos da vida.
Profissão de Fé (Credo): cada cristão assume publicamente, e em comunidade, as verdades de fé e a doutrina da Igreja.
Oração da Assembléia: a comunidade dirige a Deus seus pedidos e agradecimentos.
Liturgia Sacramental
Ofertório: não significa dar dinheiro (nem tem que ser 10%). O sentido do ofertório é comprometer-se com o Projeto de Deus através de uma oferta que é fruto do trabalho do cristão. É também, liturgicamente, o momento de preparação para a consagração do pão e do vinho.
Oração Eucarística: o padre utiliza o poder que lhe é concedido por Jesus Cristo e consagra o pão e o vinho, transformando-o no Corpo e no Sangue de Jesus.
Comunhão: os cristãos se alimentam da Eucaristia (bom alimento). Assim como nosso corpo precisa de comida e bebida, nossa alma (nossa fé) precisa ser alimentada.

Conclusão

A missa é o sinal e ao mesmo tempo o instrumento da Nova e Eterna Aliança.
É um encontro festivo (celebrativo) em que os cristãos alimentam sua fé em comunidade.
É importante conhecer as partes, o sentido e o significado de cada momento da celebração eucarística para podermos participar mais e melhor do santo sacrifício do altar.

Música

Sacramento da Comunhão – Diácono Nelsinho Correa

Compromisso

Vamos combinar com os colegas de Crisma de irmos à missa pelo menos uma vez durante a semana. Aqui na paróquia temos missa de segunda à sexta-feira, às 7h00 e às 19h30. E lembre-se: não vamos assistir à missa, mas sim participar.

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domingo, abril 18th, 2010 Canção Nova, Encontros, Formação, Informações, Missa, Sacramento Comentários desativados em Missa