oração

1º, 2º e 3º mandamentos

Oração Inicial

Oração ao Espírito Santo e

“Uma só coisa é necessária: estar perto de Jesus”

Santo Padre Pio De Pietrelcina

Onde temos colocado a nossa confiança? Estamos fazendo a vontade de Deus? Em quem está a nossa confiança? No Senhor ou em nossas capacidades?
A doutrina da Igreja diz que no nosso batismo recebemos três graças especiais: de profeta, de rei e de sacerdote. O profeta não pode negar a verdade, não pode negar a sua vocação. Nós não podemos vender o nosso profetismo. Não venda a unção que está em você! Ainda que percamos tudo, a nossa confiança não pode estar nos homens, não vendamos nossas almas, mas nos entreguemos a Deus.
Não façamos alianças com o mundo, temos de ser profetas. Talvez você seja o único profeta na sua casa, na sua faculdade, no seu trabalho, seja onde for, pois a fidelidade de um profeta converteu e salvou uma nação.
Elias faz uma oração ousada, porque a sua confiança não estava nos carros ou nos cavalos, mas a força dele estava no Senhor, por isso permaneceu em pé. E assim devemos ser nós.
Então que seja exorcizado – em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo – todo o espírito de morte na nossa vida! E não façamos aliança com esses “Acabs” e “Jezabeis” dos dias atuais, lobos disfarçados de ovelhas, mas que estão contra os preceitos do nosso Deus. Digamos “não” às coisas erradas deste mundo, porque nós ficaremos com o Senhor por confiarmos n’Ele! Com Ele não nos faltará a Divina Providência.
Nós precisamos ser fiéis a Deus porque é Ele quem nos mantém de pé até o último dia. A promessa para nós é que se nos mantermos fiéis a Ele provaremos das melhores delícias.
Respondamos ao Senhor:
Todos juntos: “Nós queremos, Senhor, confiar em Ti, só assim queremos viver. E se por acaso colocamos a nossa confiança nos homens, hoje quebramos esta aliança, porque queremos experimentar a vida em Ti e sermos inundados pelas Tuas graças”
“Não queremos aceitar o fato de que o sofrimento é necessário para nossa alma e de que a cruz deve ser o nosso pão cotidiano. Assim como o corpo precisa ser nutrido, também a alma precisa da cruz, dia a dia, para purificá-la e desapegá-la das coisas terrenas. Não queremos entender que Deus não quer e não pode salvar-nos nem santificar-nos sem a cruz. Quanto mais Ele chama uma alma a Si, mais a santifica por meio da cruz” Santo Padre Pio.
Fonte: http://clube.cancaonova.com/materia_.php?id=11793

Objetivo do Encontro

Aprofundar os conhecimentos sobre os 3 primeiros mandamentos, os quais se referem a Deus.

Dinâmica

(Durante a caminhada na dinâmica colocar a musica Lindo Céu da Adriana de fundo, ou se alguém tiver alguma sugestão de musica mais apropriada para o momento, compartilhe)
Dividir a turma em 2 grupos de modo que fique a mesma quantidade de pessoas pra cada lado
A partir daí, um grupo fica dentro da sala, onde é feito um circuito (caminho) que contenha obstáculos (pequenos, médios, grandes).
Aos que estão dentro da sala, é explicado que cada um terá de guiar uma pessoa das que está fora da sala, sem tocar nela. As pessoas que estão fora da sala são vendadas. Depois de dar instruções as pessoas que estão dentro da sala, chamamos as que estão vendadas, ou uma a uma (mais demorado), ou um grupo por vez, dando um espaçamento de tempo (a pessoa que guiará a outra pode ir junto no caminho, falando baixinho com ela, é só não tocar na que será guiada).
Ao final, explica-se qual a relação com os mandamentos: Deus nos quer num caminho seguro, e por isso deixou os mandamentos, para que eles nos guiassem a Ele, em segurança.

Formação

Formação resumida do livro “A fé explicada”

1º Mandamento – Amar a Deus sobre todas as coisas

A numeração é apenas pra ajudar, é um modo sintético de nos fazer lembrar os mandamentos.
Poucos se acham no papel de idolatrar outro Deus.
Muitos idolatram outras coisas: bens materiais, pessoas, riqueza, êxito social, etc.
Vamos admitir que não haja a idolatria e pensar no sentido positivo do primeiro mandamento: Amarás o Senhor teu Deus. Ele ordena que ofereçamos unicamente a Deus o culto supremo, que é devido como criador e fim nosso. Esse mandamento nos obriga muito mais do que a abstenção da idolatria.
Levar uma vida virtuosa é muito mais que se abster ao pecado. Não fazer o mal é apenas uma face da moeda. A outra face é a necessidade de fazer o bem. Não se trata de ficar na inércia, mas prestar verdadeiramente culto a Deus.
Na religião, tudo se baseia na fé. Por isso devemos continuamente fazer atos de fé. Assentir e aceitar as verdades reveladas por Deus. Deus é a Verdade, e por isso não mente. Assim, sobre verdades de fé não se pode questionar, uma vez que o autor da verdade é o próprio Deus e Ele não se engana. Quando dizemos: “Meu Deus, creio nessas verdades porque Vós as revelardes, e Vós não podeis enganar-vos nem enganar-me” estamos honrando a Sabedoria e a Veracidade infinitas de Deus.
Se Deus nos deu conhecer certas verdades, é para que nós possamos fazer algo. Devemos dar glória a Deus pelo conhecimento, pelo Seu amor por nós e pelo serviço. As verdades, ao serem conhecidas, tornam-se obrigação e convertem-se numa responsabilidade. Estamos, a partir daquele momento, obrigados a procurá-Lo, a fazer nosso ato de fé. Aos que já possuem a fé, devemos renová-la continuamente. Às crianças é revelada a Verdade de acordo com a compreensão dela. À nós, já adultos, devemos buscar compreender a religião de forma adulta: ouvir com atenção as palavras do padre, ler livros e revistas católicos, participar de cursos, retiros, estudos que tratam da fé. Isso não é só questão de gosto, não são práticas piedosas, mas um dever essencial procurarmos um adequado grau de conhecimento. Não podemos fazer atos de fé sobre verdades que não conhecemos. Muitas tentações e dúvidas que temos são dissipadas se procuramos estudar um pouco as verdades de fé.
O primeiro mandamento nos obriga a fazer uma profissão externa de nossa fé, e não apenas a aceitá-la interiormente. Quando fugimos em professar nossa fé, o outro também sofre.
Os pecados contra o primeiro mandamento são pecados contra a fé. Somos obrigados a conhecer o que Deus nos revelou. Ainda assim, há católicos relaxados. Um pecado grave contra a fé é a apostasia. Um apóstata não é um católico relaxado. É alguém que abandonou completamente a fé. A pessoa exclui-se do fluxo da graça divina, e a sua fé definha e morre. Outra causa da apostasia além do relaxamento é a soberba intelectual. Achar que sabe tudo, ou que as verdades de fé são invenção, ou superstição. Outro perigo são leituras imprudentes. A pessoa troca sua fé por um sofisma brilhante e põe em dúvida a sua crença religiosa. Por último, a apostasia pode ser resultado de um pecado habitual. Se as ações da pessoa contradizem sua fé, um dos lados acaba tendo de ceder.
A heresia é rejeição parcial da fé católica. Ele se recusa a crer em uma ou mais verdades reveladas por Deus. Uma verdade professada é um dogma de fé. A infalibilidade do Papa, a imaculada conceição e outros são dogmas de fé. Rejeitar um deles é rejeitar todos. Não existe um meio herético. Dizer que alguém é quase católico é o mesmo que dizer que alguém está quase viva. No pecado de heresia distingue-se em material e formal. Se a pessoa faz algo errado, mas o ignora sem culpa própria, ela cometeu pecado material, não formal. Outra heresia é o indiferentismo. Ele sustenta que todas as religiões são boas, tudo é questão de preferência, educação. O erro está em achar que o erro e a verdade são igualmente gratos a Deus, em pensar que a verdade absoluta não existe, a verdade é o que cada um crê. Aceitar que qualquer religião é boa, o outro passo é saber que nenhuma é boa, logo não há nenhuma aprovada por Deus, o que é um erro gravíssimo.
“Papai dará um jeito, ele pode fazer tudo”, um pai se comove com a total confiança de seu filho, no poder e saber ilimitado desses pais. O pai que não se sente alegre com os atos de confiança de seus filhos é estranho. Assim, torna-se fácil entender que um ato de esperança é um ato de culto a Deus. Expressa bossa total confiança no nosso Pai amoroso, onisciente e misericordioso. Dessa forma as superstições vão contra nosso amor a Deus.

2º mandamento – Não falar Seu santo nome em vão

Um nome adquire com o uso certas conotações emotivas. Torna-se mais que uma simples combinação de letras e passa a uma representação da pessoa que o usa.
Os sentimentos que a palavra “rosa” causa são diferentes que os da palavra “cebola”.
Isso nos ajuda a compreender porque é pecado usar o nome de Deus em vão. Amá-lo também é amar Seu nome, como exclamação de ira, surpresa ou desprezo, impaciência. Evitaremos tudo o que possa desonrá-lo. Isso estenderá também ao nome de Maria.
“segundo mandamento proíbe o abuso do nome de Deus, isto é, todo uso inconveniente do nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os santos.” CIC 2146
Pecar contra esse mandamento é quando desabafamos nossos sentimentos utilizando nomes sagrados.
Outro ponto é o juramento. “O segundo mandamento proíbe o juramento falso. Fazer juramento ou jurar é invocar a Deus como testemunha do que se afirma. E invocar a veracidade divina como garantia de nossa própria veracidade. O juramento empenha o nome do Senhor. “E ao Senhor teu Deus que temerás, a Ele servirás e pelo seu nome jurarás” (Dt 6,13).” CIC 2150. Assim, jurar não é necessariamente pecado, desde que: 1) Haja razão suficiente para o juramento, pois o nome de Deus não pode ser usado sem sentido e 2) ao fazê-lo, juremos uma verdade estrita. Não se pode jurar por algo que não temos certeza. Caso isso aconteça, Deus, que é a Verdade, estaria errado, e Deus é infalível, logo, estaríamos em pecado. Invocar Deus num juramento que é falso é pecado dito perjúrio e é mortal. Algumas vezes, no caso, por exemplo de alguns sacramentos, ou num tribunal, tenhamos de jurar. Então, jurar não é necessariamente pecado, respeitando-se sempre o nome de Deus e dizendo sempre a verdade estrita.
Também quem diz “Deus te amaldiçoe” ou coisa parecida está pecando. Pedir que Deus condene uma alma que ele criou e pela qual Cristo morreu é um ato grave de desonra a Deus. É uma maldição. Devemos sempre pedir pela salvação das almas e não pela condenação eterna. Usar palavras de baixo calão também pode ser pecaminoso. Dependendo do grau de desejo que a frase contém e de acordo com a frase, pode ser até pecado mortal. Não se deve dizer para crianças que falam palavrão que tudo é pecado, mas deve-se conversar e mostrar que é possível conversar e expressar os sentimentos de formas diferentes.
O pecado contra o segundo mandamento chamado blasfêmia é quando negamos algum ponto de nossa fé: “Se Deus o salvar não sabe o que faz”, “Os evangelhos são só história”, “A missa é um teatro”, “Deus é um mito”, são tipos de blasfêmia que comumente se ouve. A blasfêmia é sempre pecado mortal, a menos que não haja suficiente premeditação ou consentimento, como no caso de grande angustia que é venial.

3º mandamento – Guardar o domingo e festas de preceito

É natural que haja um Dia do Senhor. Um dia para lembrarmos que somos absolutamente dependentes Dele, e que possamos dar-Lhe graças. Sabemos que a maioria das pessoas não consegue manter-se constantemente em atitude de adoração a Deus e por isso estabeleceu-se um dia consagrado a Deus para que possamos fazer nossas práticas de fé. No Antigo Testamento guardava-se o sábado como o Dia do Senhor. Após a ressureição de Cristo, sabemos pela tradição que o dia do Senhor tranferiu-se para o Domingo, o primeiro dia da semana, quando Cristo apareceu aos discípulos, após morrer na cruz. É estranho muitos não católicos apesar de não aceitar os preceitos cristãos, manter o domingo como Dia do Senhor.
Apesar de o dia do Senhor, o domingo não estar escrito na Bíblia, não devemos crer apenas na Bíblia mas também na tradição da Igreja.
A Igreja prescreve que para santificar o dia do Senhor devemos participar do santo sacrifício da Missa. Ela é o ato perfeito que Jesus nos deu para que com Ele, pudéssemos prestar a honra devida a Deus.
Nosso tempo e nós mesmos, pertencemos a Deus. Ele nos pede um de cada 7 dias. Se formos contar, seriam 24×6 = 144 horas. Das 24 horas para oferecimento a Deus, a Igreja, sendo sensível ao sinal dos tempos, nos exige apenas uma, para que participemos do Santo Sacrifício do Altar.
Se tivermos isso em mente entenderemos a razão pela qual é pecado mortal faltar a missa deliberadamente, sem um motivo justificável. A nossa obrigação é também assistir a missa toda, desde o início até a bênção final e a saída do padre. A missa é nossa oferenda semanal a Deus, e para Ele não se pode oferecer algo incompleto.
Além disso o terceiro mandamento implica em não fazer trabalhos desnecessários neste dia, mas também descansar física e mentalmente.

Música para reflexão

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domingo, agosto 8th, 2010 amar a Deus sobre todas as coisas, guardar os domingos e dias de festa, mandamentos, não tomar seu santo nome em vão Comentários desativados em 1º, 2º e 3º mandamentos

O Credo

Oração Inicial

Oração ao Espírito Santo

Objetivo do Encontro

Estudar alguns fundamentos básicos sobre as verdades da fé cristã que são expostas na oração do Credo. E conhecer a importância da oração.

Dinâmica

Dividi-los em 4 grupos. Cada um fica com um trecho da oração do Credo – para isso usamos o folheto da missa mesmo (obs: verificar se o credo do domingo é o “normal” ou o nicenoconstantinopolitano. Tem que ser o “normal”) – e cada grupo deverá discutir:
– qual o seu entendimento desta parte da oração do Credo? A partir do que eu conheço da religião e do mundo a minha volta (nossa vida, nosso cotidiano), como eu posso entender melhor essa passagem?

Após a discussão, cada grupo deverá utilizar exemplos do dia-a-dia para explicar que às vezes rezamos a oração do Credo sem confiar plenamente no que ela diz. Depois da apresentação de cada grupo a respeito do trecho, expor ao grupo as ideias sobre o trecho.

1º GRUPO:

CREIO EM DEUS – Nosso Deus é o único Senhor (Deuteronômio 6,4; Marcos 12,29).
PAI TODO-PODEROSO – O que é impossível para os homens é possível para Deus (Lucas 18,27)
CRIADOR DO CÉU E DA TERRA – No princípio, Deus criou o céu e a terra (Gênesis 1,1).
CREIO EM JESUS CRISTO – Ele é o resplendor glorioso de Deus, a imagem própria do que Deus é (Hebreus 1,3).
SEU ÚNICO FILHO – Pois Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único, para que todo aquele que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna (João 3,16).
NOSSO SENHOR – Deus o fez Senhor e Messias (Atos 2,36).
QUE FOI CONCEBIDO POR OBRA E GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO – O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Deus Altíssimo repousará sobre ti como uma nuvem. Por isso, o menino que irá nascer será chamado Santo e Filho de Deus (Lucas 1,35).

2º GRUPO:

NASCEU DA SANTA VIRGEM MARIA – Tudo isto ocorreu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito por meio do profeta: A virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado Emanuel, que significa: Deus está conosco) (Mateus 1,22-23).
PADECEU SOB O PODER DE PÔNCIO PILATOS – Pilatos tomou então a Jesus e mandou açoitá-lo. Os soldados trançaram uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça de Jesus e o vestiram com uma capa escarlate (João 19,1-2).
FOI CRUCIFICADO – Jesus saiu carregando sua cruz para ir ao chamado lugar da caveira (que em hebraico chama-se Gólgota). Ali o crucificaram e, com ele, outros dois, um de cada lado. Pilatos mandou afixar sobre a cruz um cartaz, que dizia: Jesus de Nazaré, rei dos judeus (João 19,17-19).
MORTO E SEPULTADO – Jesus gritou fortemente: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito! e, ao dizer isto, morreu (Lucas 23,46). Depois de baixá-lo da cruz, o envolveram em um lençol de linho e o puseram em um sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda havia sido sepultado (Lucas 23,53).
DESCEU AOS INFERNOS – Como homem, morreu; porém, como ser espiritual que era, voltou à vida. E como ser espiritual, foi e pregou aos espíritos encarcerados (1Pedro 3,18-19).
AO TERCEIRO DIA, RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS – Cristo morreu por nossos pecados, como dizem as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1Coríntios 15,3-4).

3º GRUPO:

SUBIU AOS CÉUS, ONDE ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI TODO-PODEROSO – O Senhor Jesus foi levado ao céu e se sentou à direita de Deus (Marcos 16,19).
DE ONDE HÁ DE VIR PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS – Ele nos enviou para anunciar ao povo que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10,42).
CREIO NO ESPÍRITO SANTO – Pois Deus encheu nosso coração com o seu amor por meio do Espírito Santo que nos deu (Romanos 5,5).
CREIO NA IGREJA QUE É UNA – Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e Eu em ti; que eles sejam também um em Nós para que o mundo creia que Tu me enviaste (João 17,21; João 10,14; Efésios 4,4-5).
É SANTA – A fé confessa que a Igreja… não pode deixar de ser santa (Efésios 1,1). Com efeito, Cristo, o Filho de Deus, a quem o Pai e com o Espírito Santo se proclama o Santo, amou a sua Igreja como sua esposa (Efésios 5,25). Ele se entregou por ela para santificá-la, a uniu a Si mesmo como seu próprio corpo e a encheu do dom do Espírito Santo para a glória de Deus (Efésios 5,26-27). A Igreja é, portanto, o povo santo de Deus (1Pedro 2,9) e seus membros são chamados santos (Atos 9,13; 1Coríntios 6,1; 16,1).

4º GRUPO:

É CATÓLICA – E Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e nem o poder da morte poderá vencê-la (Mateus 16,18). Possui a plenitude que Cristo lhe confere (Efésios 1,22-23). É católica porque foi enviada em missão por Cristo à totalidade do gênero humano (cf. Mateus 28,19).
É APOSTÓLICA – O Senhor Jesus dotou a sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a total consumação do Reino. Antes de mais nada houve a escolha dos Doze Apóstolos, tendo Pedro como cabeça (cf. Mateus 3,14-15), visto que representavam as Doze Tribos de Israel (cf. Mateus 19,28; Lucas 22,30). Eles são os fundamentos da Nova Jerusalém (cf. Apocalipse 21,12-14). Os Doze (cf. Marcos 6,7) e os outros discípulos (cf. Lucas 10,1-2) participaram da missão de Cristo, em seu poder e também em sua sorte (cf. Mateus 10,25; João 15,20). Com todas estas providências, Cristo preparou e edificou a sua Igreja (2Timóteo 2,2).
CREIO NA COMUNHÃO DOS SANTOS – Depois disso, olhei e vi uma grande multidão de todas as nações, raças, línguas e povos. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, e eram tantos que ninguém podia contá-los (Apocalipse 7,9).
NO PERDÃO DOS PECADOS – Aqueles a quem perdoares os pecados ser-lhe-ão perdoados (João 20,23).
NA RESSURREIÇÃO DA CARNE – Cristo dará nova vida a seus corpos mortais (Romanos 8,11).
E NA VIDA ETERNA – Ali não haverá noite e os que ali vivem não precisarão da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque Deus, o Senhor, lhes dará sua luz e eles reinarão por todos os séculos (Apocalipse 22,5).
AMÉM – Assim seja! Vem, Senhor Jesus! (Apocalipse 22,20).

Formação 1

Oração é a comunicação com Deus. A pessoa expressa a ele o que quer dizer e tenta perceber
qual a vontade dele a seu respeito.
Deus é o Criador, nós somos a criatura.
A relação da criatura com o Criador é o núcleo central da religião. Está ligado aos demais
relacionamentos humanos: troca de informações e sentimentos com as pessoas, agressão ou
respeito à natureza. O tipo de relacionamento do homem com a natureza e com as demais pessoas
mostra a posição que ele toma diante de Deus.
Oração é o resultado de nossa busca de Deus e de nosso esforço: são as atitudes e as ações
que tomamos ou fazemos em vista da relação de amor com ele.
Oração é a tentativa de diálogo amoroso da criatura com o Criador. Esta relação supõe esforço
de comunicação e atenção para perceber os sinais e palavras de Deus, que chegam ao homem,
quase sempre, de forma indireta.
Pelo fato de sermos limitados e Deus infinito, o nosso relacionamento com Deus nos coloca em
dependência amorosa, como filho em relação ao pai. Quando alguém se julga independente de Deus,
restam-lhe poucas oportunidades de estabelecer relações com Deus. .
Nós fomos criados por amor, para amar e ser amado pelos demais e por Deus.
Acolher pessoas e acontecimentos é atitude de amor. Rejeitar é atitude de desamor e de egoísmo.
Jesus nos revelou que o Pai ama incondicionalmente seus filhos e quer a felicidade de cada um
deles. As posições que Jesus tomou perante o Pai e o relacionamento que teve com ele devem servir
de modelo para nós. Ele se relacionava com o Pai como se estivesse próximo, presente ao seu lado
(Lc 10, 21 ; Jo 17, 1 – 26). Portanto, antes de tentar relacionamento mais profundo com Deus, é
preciso tomar consciência da imagem que temos dele. É importante que passemos da imagem que
temos dele para aquela que Jesus nos mostrou, que nos é transmitida pelos evangelhos: o Pai é
cheio de amor, quer o bem para seus filhos, cuida de cada um de nós, de modo especial daqueles
que o amam. Para fazer-nos crescer ele usa a pedagogia do amor e do sofrimento (parábola do
agricultor que poda a videira para que produza mais frutos).
Para alcançar bom relacionamento com Deus são necessárias algumas atitudes:

  • Reconhecer a soberania de Deus sobre o mundo e sobre nossa pessoa e vida; Deus é
    nosso Criador e Senhor, nosso dono.
  • Manter atitude de humilde dependência em relação a ele; o egoísmo leva a pessoa a
    considerar-se outro deus, senhor de si.
  • Dar oportunidade para que ele se manifeste em nossa vida: se vivermos sempre ocupados,
    sem dispor de algum tempo só para Deus, ele não terá espaço para se manifestar; o cultivo do amor
    exige disponibilidade de tempo.
  • Desejar ardentemente viver na presença de Deus e ser envolvido por seu
    amor.

A maior dificuldade no relacionamento com Deus é o pecado, a vida fora do seu mandamento, a
vida sem fé. Quem vive longe de Deus não pode relacionar-se com ele. Esse obstáculo pode ser
removido pela busca do perdão.
Dificulta a relação com Deus o fato de colocarmos nossa confiança fora dele, em nossas
próprias capacidades; em práticas mágicas, em sorte, em superstições, em várias formas de
espiritismo, que atribuem poderes a objetos que não os tem, em falsas religiões, etc. Tudo isso afasta
a pessoa de Deus e torna difícil o relacionamento com ele. É preciso recordar que o único Salvador e
Senhor é Jesus Cristo.
Em nossa vida, em nosso agir devemos tomar o seguinte princípio: Fazer nossas atividades
com tal empenho, como se tudo dependesse de nós e confiar em Deus como se tudo dependesse
dele.

Oração na Vida de Jesus:

Jesus foi homem de oração. Sua novidade religiosa consiste na relação pessoal com Deus,
mediante a oração, e em atitudes coerentes com os demais homens, tendo por base a relação da
pessoa com Deus: amor a Deus e amor aos homens. Ele foi homem de oração e a intensificou nos
momentos importantes de sua vida:

  • Antes de começar o anúncio do Reino, quarenta dias no deserto (Lc 4, 1 – 2)
  • Antes de escolher os doze, uma noite em oração (Lc 6, 12)
  • Quando vivia momento muito importante com seus discípulos (Jo 17)
  • Antes de enfrentar a paixão, no jardim das oliveiras (Lc 22, 31 – 46)

Instruções Básicas sobre a Oração:
Além do exemplo pessoal de Jesus, encontramos ensinamentos sobre a oração:

  • orar só, em encontro pessoal com Deus (Mt 6, 5 – 6)
  • ter profunda confiança (Mt 7, 7 – 11)
  • louvar a Deus e pedir por nossas necessidades (Mt 6, 7 – 13)
  • orar com insistência (Lc 11, 5 – 24)
  • pedir com convicção a fortaleza e a fidelidade a Deus (Mt 26, 40)
  • invocar o Pai em nome de Jesus ( Jo 16, 23b – 28)

Invocar o nome de Jesus significa expressar nossa fé nele, que provém de Deus. A fé e o amor
por Jesus abre nosso ser a Deus, que em seu Filho Jesus, nos vê como filhos e por causa dele nos
acolhe, provendo as exigências da nossa fé.
Devemos aprender e reaprender a orar m Nome de Jesus, isto é, crescer no seu conhecimento
e graça.
A oração garante o atendimento dos nossos pedidos e então a nossa alegria será completa
porque será a alegria que nasce da fé, a alegria de Deus que em nós realiza a sua vontade.

Formação 2

INTRODUÇÃO

Desde o tempo dos Apóstolos a Igreja teve a preocupação de recolher o essencial da fé cristã e expressá-lo por meio de sentenças resumidas, breves, a fim de facilitar a compreensão. Este material destinava-se principalmente àqueles que iam se convertendo à fé cristã, tornando-se candidatos ao batismo.
Aos “resumos da fé” dá-se o nome de “profissões de fé”. A palavra Credo significa “creio”, e corresponde à primeira palavra da oração. Uma outra denominação é de “Símbolos da fé”.
Estudaremos abaixo o “Símbolo dos Apóstolos”, ou “Credo”, que corresponde à versão mais antiga da Igreja.
O Credo está dividido em 3 partes:
– 1ª: Fala sobre a primeira pessoa da Santíssima Trindade e sobre a obra da criação.
– 2ª: Fala sobre a segunda pessoa da Santíssima Trindade e sobre o Mistério da Redenção.
– 3ª: Trata da terceira pessoa da Santíssima Trindade, que é a fonte e princípio da santificação.

1. Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.

– Eu creio – Eu coloco a minha fé;
– Deus: é o Primeiro e o Último (Is 44,6). Expressamos a fé no Deus que é Único, que é Verdade e Amor.
– Deus Pai: 1ª pessoa da Santíssima Trindade;
– Todo Poderoso: revela a onipotência de Deus. A onipotência é universal (Deus criou tudo e governa tudo), é de amor (Deus é nosso Pai) e é misteriosa, pois somente a fé é capaz de discerni-la.
– Criação do céu e da terra: a criação é o começo e o fundamento de todas as obras de Deus. A criação é o começo da História da Salvação e tem seu ponto principal em Jesus Cristo. A expressão ‘céu e terra’ revela que a terra é o mundo dos homens. Céu é o lugar próprio de Deus e das criaturas espirituais. Céu também é o lugar da glória no final dos tempos.

2. E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor.

– O nome de Jesus significa “Deus que salva”. A criança nascida da Virgem Maria é chamada “Jesus”, pois “Ele salvará seu povo de seus pecados” (Mt 1,21).
– O nome Cristo significa Ungido ou Messias. Jesus é o Cristo, pois “Deus o ungiu com Espírito Santo e com poder” (At 10,38).
– O nome Filho de Deus significa a relação única e eterna de Jesus Cristo com Deus seu Pai: Ele é o Filho Único do Pai e o próprio Deus. Crer que Jesus Cristo é Filho de Deus é necessário para ser cristão.
– O nome Senhor designa a soberania divina. Confessar ou invocar Jesus com Senhor é crer na sua divindade.

3. Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.

– Trata-se aqui do Mistério da Encarnação. “E o verbo (= JC) se fez carne e habitou entre nós…”.
– A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho. O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é o Senhor que dá a Vida, fazendo-se com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua.
– Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de seu Filho. “Cheia de graça”, ela é o “fruto mais excelente da Redenção”. Desde o primeiro instante da sua concepção foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.
– Maria é verdadeiramente “Mãe de Deus”, visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus.

4. Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.

– Cristo morreu por nossos pecados segundo as Escrituras. (1Cor 15,3)
– Nisto consiste a redenção de Cristo: Ele “veio dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20,28), isto é, “amar os seus até o fim” (Jo13, 1), para que sejais “libertados da vida fútil que herdastes dos seus pais” (1Pd 1,18).

5. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia;

– A expressão “mansão dos mortos” ou “morada dos mortos”, ou ainda “sheol” ou “hades” se referia ao “local/ estado” de todos os que já haviam morrido antes da morte de Jesus. A ninguém ainda havia sido permitida a visão beatífica.
– “A Boa-Nova foi igualmente anunciada aos mortos”.(1Pd 4,6)
– É o cumprimento da plenitude da Redenção da obra de Cristo para todos os homens de todos os tempos e lugares.
– A ressurreição de Jesus é a confirmação de sua divindade, de seus ensinamentos.
– A ressurreição de Cristo é princípio de fonte de nossa ressurreição futura.
– Jesus ressuscitou como corpo glorioso.

6. Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, Todo Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

– Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade. (S. João Damasceno).
– “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos vivos e dos mortos…” (Rm 14,9).
– Na catequese de Mt 25,31ss, Jesus diz que um dia este mundo deixará de existir. Só Deus é quem sabe quando. Nesta ocasião teremos a volta de Jesus Glorioso e o chamado Juízo Final.
– Ao vir no fim dos tempos julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará a disposição secreta dos corações e retribuirá a cada um segundo suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado a sua graça.

7. Creio no Espírito Santo; – Ver Encontro da Crisma sobre o Espírito Santo.

8. Na Santa Igreja Católica; – Ver Encontro da Crisma sobre a Igreja.

9. Na comunhão dos santos;

– A Igreja é “comunhão dos santos”: esta expressão designa primeiro as “coisas santas”, e antes de tudo a Eucaristia, pela qual é representada e realizada a unidade dos fiéis que em Cristo formam um só corpo.
– Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos defuntos que estão terminando sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando todos uma só Igreja, e cremos que nesta comunhão o amor misericordioso de Deus e dos seus santos está sempre à escuta de nossas orações.

10. No perdão (remissão) dos pecados;

– Foi dando o Espírito Santo aos seus Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes conferiu seu próprio poder divino de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes lhes serão retidos” (Jo 20,22-23).
– Pela vontade de Cristo, a Igreja possui o poder de perdoar os pecados dos batizados, e o exerce através dos bispos e dos presbíteros (padres) de maneira habitual no sacramento da Reconciliação.

11. Na ressurreição da carne;

– A ressurreição de Cristo é obra da Santíssima Trindade e a nossa também será.
– O termo “carne” designa o homem na sua condição de fraqueza e de mortalidade. A “ressurreição da carne” significa que após a morte não haverá somente a vida da alma imortal, mas que mesmo os nossos “corpos mortais” (Rm 8,11) readquirão a vida.
– Na liturgia (Prefácio da Missa dos Defuntos) se reza: Senhor, para os crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.

12. Na vida eterna.

– Fomos criados por amor e para a glória de Deus.
– Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre.
– “No ocaso da nossa vida, seremos julgados quanto ao amor”. S. João da Cruz.

13. Amém.

– A palavra amém no final do Credo retoma e confirma, portanto, as suas duas primeiras palavras: “eu creio”. Crer é dizer amém às palavras, às promessas, aos mandamentos de Deus, é fiar-se totalmente daquele que é o Amém de infinito amor e de fidelidade perfeita.
– O próprio Jesus Cristo é o Amém (Ap 3,14). Ele é o Amém definitivo do amor do Pai por nós.

Conclusão

Devemos ter em mente que a oração é nossa conversa particular com Deus, nosso amigo. Ele não é um estranho, mas nos ama e nos ouve sempre. Tenhamos olhos e ouvidos atentos e nos coloquemos em oração para falar com Deus e também ouvi-Lo.

Oração Final

Oração do Credo.

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domingo, maio 2nd, 2010 Credo, Encontros, Formação, Liturgia, Missa, oração Comentários desativados em O Credo