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Espírito Santo

“Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja” (João Paulo II)

Oração Inicial: Vinde Espírito Santo

-Vinde Espírito Santo e enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito, e tudo será Criado, e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis, e acendei neles a luz do Espírito Santo. Fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o Teu Espírito e gozemos sempre da sua consolação, por Cristo, Senhor nosso, Amém.

Músicas: Vem, Vem Vem Espírito Santo

Dinâmica:

Colocar um CD – Rosas de Saron ou outro enquanto respondem – silêncio
Distribuir os bilhetes (na última página) com os pés para todos. Não é necessário se identificar.
Colocar as perguntas que estão abaixo na lousa. Cada um vai responder e colocar no centro. E então cada um vai pegar outra resposta que não a sua. Cada um deve ler em voz alta e dizer o que achou do que o outro escreveu, mas como forma de conselho;

Se o outro não sabe quem é Deus deve buscar em…
No dia a dia Deus se manifesta de várias formas, ao acordar, Deus te dá uma nova oportunidade…
Se a pessoa tem fé que ela busque a cada dia se manter firme nos caminhos de Deus…e por aí vai…como se fosse uma conversa entre amigos.

A idéia da dinâmica é que eles sintam a ação do Espírito Santo na prática. Quantas vezes ouvimos uma palavra de uma pessoa que nem conhecemos que cai como uma luva num determinado momento da nossa vida. É ação do Espírito Santo. Quando você não sabia o que dizer e as palavras começam a surgir. É ação do Espírito Santo. Quando um amigo te pede uma ajuda, um conselho, que sejamos sábios e movidos por Deus para ajudar.

No dia-a-dia é possível notar a presença de Deus? Como?
Como atuar o mandato de Jesus: “Tome sua cruz e siga-me” nos dias de hoje?
O que você espera da Crisma? Você já pensou se precisa ou em que precisa mudar sua vida?
Você já sentiu a presença do Espírito Santo em sua vida? Quando?
Procure notar quantas vezes em uma Missa, o celebrante pronuncia a palavra Espírito Santo.
Por quê?
O que é ter fé? Tenho fé?

Formação

Terceira Pessoa da Trindade Santa, este é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja o recebeu do Senhor e o professa no batismo de seus novos filhos. (Cf. MT 28,19) “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

O termo ‘Espírito’ traduz o termo hebraico: ‘Ruah”, o qual em sentido primeiro, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza justamente a imagem sensível para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino.(Cf Jo 3,5-8). Por outro lado, Espírito Santo são atributos divinos comuns às três pessoas Divinas. Mas ao juntar os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam à Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com outros empregos dos termos “espírito” e “santo” .

Desde a ruptura da amizade dos homens com Deus, por causa do pecado original, o Pai
traçou um plano amoroso pra nos resgatar, reatar a união com Ele, através do Filho e do espírito Santo. Já no Antigo Testamento, Deus foi revelando seu plano de enviar o Espírito Santo. Isaías 35-4-7 – “Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus!… Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe. A terra queimada se converterá num lago, e a região da sede, em fontes. No covil dos chacais crescerão caniços e papiros”.

Ezequiel 11,19s – “eu lhes darei um só coração e os animarei com um espírito novo: extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne”.

DESDE SEMPRE EXISTIU

Inicialmente o Espírito Santo não era conhecido pelos homens, embora desde sempre
existisse:

“A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. (Gn 1,2) . No decorrer da Antiga escritura, vemos que o Espírito de Deus era derramado somente em algumas pessoas, a fim de movê-las a uma ação especial. Esta unção era temporária, e beneficiava aos escolhidos por Deus, os juízes, os reis, os profetas, entre outros. O Espírito Santo, Ruah, foi revelado por Jesus como pessoa divina, a terceira da Trindade.

Joel 3,1 – “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo:
vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens
terão visões”.

Atos 2,39 – “Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem
de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.

João 14,14 – “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco”.

Atos 1,5-8 e Jo 1,33 – “mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e
sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. (At 1,8)

Lucas 24,49 – “Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na
cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.

No Novo Testamento, o Espírito Santo está diretamente ligado a Jesus e suas ações. Encontramos várias descrições do Espírito Santo como: Pomba, Água e Fogo. Símbolos que a luz do Catecismo observou seus significados:

Pomba – Quando Cristo volta a subir da água do seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba desce sobre Ele e sobre ele permanece (Cf Mt 3,16). O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados.

Água – O simbolismo deste elemento é significado da ação o Espírito Santo, ela se torna o sinal sacramental e eficaz do novo nascimento: assim como a gestação, nosso primeiro nascimento se operou na água – O Espírito, é, pois, também pessoalmente a água que jorra de Cristo crucificado – Nascimento e Fecundidade da vida no Espírito Santo.

Fogo – Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. João Batista (Lc
1,17) anuncia cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo com fogo” (Lc 3,16), esse Espírito, de Jesus dirá: “Vem trazer fogo à terra, e quando desejaria que já estivesse aceso!” (Lc 12,49). É sobre a forma de línguas “que se diriam de fogo” que o Espírito santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si.

CUMPRIMENTO DA PROMESSA:

O Pentecostes (At 2,1ss) – está no fim da ‘vida’ de Jesus, depois que história da salvação atingiu o seu cume entende-se também o porque disso. Entre nós e o Espírito Santo há dois muros de separação que O impediam de comunicar-se a nós: o muro da natureza e o muro do pecado.

O muro da NATUREZA, porque o Espírito Santo é espírito e nós somos carne; Ele é Deus e nós somos homens (Is 31,3). Era preciso que fossem derrubados esses dois muros, ou preenchidos esses dois abismos, para que o Espírito pudesse ser derramados em nós. E isso é o que aconteceu graças à obra redentora de Cristo. Com a sua encarnação Ele derrubou o muro de separação da Natureza, unindo em si Deus e Homem, o espírito e a carne, criou uma ponte indestrutível entre as duas realidades. Com a sua Páscoa, Ele derrubou o muro de separação do PECADO. O espírito ainda não viera – lê-se no quarto Evangelho – por Jesus não ter sido ainda glorificado (Jo 7,39). Era necessário que antes Jesus morresse, para que o Consolador pudesse vir (Jo 16,7). De fato, morrendo pelos pecados, Jesus derrubou o segundo muro; “destruiu – diz são Paulo- o corpo do pecado”(Rm 6,6). Agora não há mais nada que empeça o Espírito de derramar-se, como de fato vai acontecer em Pentecostes.

Obs: Já na cruz houve derramamento do Espírito Santo, no momento em que Jesus “entregou o espírito”, isto é, que morreu, e que também derramou o Espírito Santo, como é indicado também pela água e pelo sangue que lhe brotam do lado, se levamos em conta o que João escreve na sua primeira carta: “Três são os que testificam: o Espírito, a água e o sangue” (1Jo 5,7-8). O lado aberto refere-se à profecia de Ezequiel sobre o novo templo, de cujo lado sai o rio de água viva (Cf.Ez 47,1ss): de fato, Jesus mesmo define seu corpo destruído e reconstruído como novo templo (Jô 2,19).

Mas é Pentecostes nossa herança, o cumprimento da promessa para nós e nossos filhos, e se Pentecostes está no final da realização da salvação, está no início de sua aplicação a nós. Nós não acabamos com o Espírito Santo, começamos com Ele… “Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo”. (1Cor 12,3). A nossa vida espiritual começa no batismo, que é nosso Pentecostes.

PEDIR PARA OBTER O ESPÍRITO SANTO, ‘O PODER DO ALTO’

Antes de tudo precisamos compreender que o Espírito Santo vivifica a igreja e que a igreja somos nós.

“Sem o Espírito Santo, Deus está distante; o Cristo permanece no passado; o Evangelho é letra morta; a igreja, uma simples organização; a autoridade, uma dominação; a missão uma propaganda; o culto, um arcaísmo; mas com o Espírito, o cosmo é levantado e geme no parto do Reino; o homem luta contra carne; o Cristo está presente, o Evangelho é força de vida; a igreja é sinal de comunhão Trinitária, a autoridade é serviço libertador, a missão é um pentecostes; a liturgia é memorial e antecipação” (PE Raniero Cantalamessa) . Aos Apóstolos que perguntavam se aquele era o tempo da vinda do Reino, Jesus respondeu: “mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. (At 1,8). Com está recomendação também se encerra o Evangelho de Lucas: “Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”. (Lc 24,49). Os discípulos esperam; vem o Espírito Santo (At 2,1ss); recebem a força do alto; começam a pregar com coragem as multidões, três mil pessoas convertem-se, e nasce a primeira comunidade cristã, os primeiros passos da história da igreja. O segundo ponto é que nos preparamos para pentecostes e para o dom do Espírito Santo com oração. Nos Atos dos Apóstolos, depois da informação a respeito da assiduidade à oração (At 1,14), (fala-se (Cf. At 15-26) de 120 pessoas reunidas, em oração para escolha de Matias que substituiu o lugar de Judas). O relato da vinda do Espírito Santo liga-se claramente à situação descrita antes de ardente oração do grupo restrito. Repete-se, pois, o que tinha acontecido no batismo de Jesus: No momento em que Jesus se encontrava em oração, depois de ter sido batizado, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele. (Cf. Lc3,21s). Para São Lucas, foi a oração de Jesus que rasgou os céus e fez descer sobre Ele o Espírito. O mesmo acontece agora. Enquanto a Igreja estava em oração, subitamente ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento… E todos ficaram cheios do Espírito Santo (Cf.At2,2-4). É impressionante a constância com a qual, nos Atos dos Apóstolos, a vinda do Espírito Santo está relacionada com a oração. Saulo “estava rezando” quando o Senhor lhe enviou Ananias para que recuperasse a visão e ele ficou cheio do Espírito Santo (cf. At 9,9.11). Depois da prisão e da libertação de Pedro e João; a
comunidade tinha “acabado de rezar, quando o lugar estremeceu e todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 4,31). Quando os Apóstolos souberam que a Samaria tinham acolhido a Palavra, enviaram Pedro e João; eles desceram e rezaram para os samaritanos receberem o Espírito Santo (At 8,15). De fato, o mesmo Jesus tinha vinculado o dom do Espírito Santo à oração, dizendo: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem”. (Lc 11,13). Tinha-o vinculado não somente à nossa oração, mas também e, sobretudo à sua, quando disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco”. (Jo 14,16). A oração
de Maria com os Apóstolos, reunidos no Cenáculo.

DOM GRATUITO

Contudo, Espírito Santo vem como dom de Deus, gratuito. Quando Simão o mago procurou obter o Espírito Santo com dinheiro, os Apóstolos reagiram indignados. (cf. At 8,18ss).

O Espírito Santo não pode ser comprado, pode ser implorado pela oração. Mas aqui surge uma primeira objeção. Se o Espírito Santo é dom, aliás, o Dom por excelência de Deus, porque é preciso obtê-lo com oração? Que dom seria, se não fosse gratuito? Ambas as coisas são verdadeiras: que é dom e que Deus não o dá, habitualmente, senão para quem lhe pede. Deus não impõe seus dons, mas os oferece. A oração é exatamente a expressão desta aceitação e deste desejo da criatura. É a expressão da liberdade que se abre à graça.

Uma segunda objeção. No Novo Testamento encontramos afirmações que parecem dizer o contrário, isto é, que é preciso ter o Espírito Santo para poder rezar. De fato, São Paulo diz “O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis”. (Rm 8,26); que sem a ação do Espírito Santo, não poderíamos nem dizer que Jesus é o senhor (cf.1Cor 12,3), que é a mais simples das orações. Como, então, dizer que Deus dá o Espírito Santo para quem lhe pede? Vem antes o Espírito Santo ou a oração? No começo esse dom vem gratuito, mas depois é necessário rezar para que este dom permaneça e aumente.

“Pentecostes não é coisa do passado” (Paulo VI)

Frutos
É por este poder do Espírito, diz o Catecismo da Igreja Católica, que os filhos de Deus podem dar frutos. Aquele que nos enxertou n verdadeira vida nos fará produzir “o fruto do Espírito, que é o amor, alegria, paz, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio (Gl 5, 22s)

Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. egundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem
Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: “O Espírito virá sobre Ti…” A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.

Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi a descida do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.

Pela graça do Batismo “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.

Nos entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática do bem.

Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã.

Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo.

Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito. Ungir é esfregar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.
Três coisas são necessárias na administração da Crisma:
? A imposição das mãos sobre a cabeça do crismando;
? A unção com o óleo do Crisma na fronte do crismando;
? As palavras que o Bispo diz: Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo, ao que o
crismando responde: Amém.

Normalmente é o Bispo que ministra o sacramento da Crisma, porém ele pode delegar esse poder a um sacerdote em sua ausência.

Na celebração o Bispo faz essa Oração pedindo os Dons do Espírito Santo: “ Deus Todo
Poderoso que, pela água e pelo Espírito Santo, fizeste renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviando-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o Espírito de Sabedoria e Inteligência, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e Piedade, e enchei-os do Espírito do vosso Temor.”

O Sacramento da Crisma deve provocar no crismando aquilo que o Espírito Santo provocou naqueles que estavam no cenáculo no dia de Pentecostes. Atos dos Apóstolos 2, 1-47.

Para que recebemos o Sacramento da Crisma? Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento do adulto, da responsabilidade. Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este sacramento: “Crisma nos concede o Espírito Santo”.

Olhando para a Bíblia, descobrimos que o Espírito Santo tem duas funções:
1º) o de dar a vida através do Batismo.
2º) e o de levar a vida até sua perfeição (santidade) = Crisma.
A confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar à perfeição segundo a vontade do Pai.

Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra é chegar a plenitude de santidade. Evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo.

Não podemos permanecer semente; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. (At 8, 14 – 19 – At 2, 1-47)

Missão do crismando:

Ser bom fermento que leveda a massa.
Fomentar a caridade fraterna.
Comunicar aos outros o amor de Cristo que está nele.
Mostrar, com palavras e com atos, sua maturidade cristã e o desejo de sempre crescer até atingir a plenitude de Cristo.
Crisma não é um sacramento a mais, é o sacramento que faz o autêntico cristão.
Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho e ser coerente aos compromissos assumidos em relação a ele.

Os sete Dons do Espírito Santo:

Sabedoria: Não a sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a
verdade, que é o próprio Deus: fonte da sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia

Entendimento: É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.

Conselho: É a luz que nos dá o Espírito Santo, para distinguirmos o certo do errado, o
verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho.

Ciência: Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. A verdade que é vida. por esse dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação.

Fortaleza: É o dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, e até mesmo o martírio, se for preciso.

Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.

Temor de Deus:Temor aqui não significa “ter medo de Deus”, mas um amor tão grande, que queima o coração de Respeito por Deus. Não é um pavor pela justiça divina, mas o receio de ofender ou desagradar a Deus.

Música

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domingo, setembro 19th, 2010 Encontros, Espírito Santo, Formação, igreja, Informações, Sem categoria Comentários desativados em Espírito Santo

Igreja

Objetivo do encontro

Estudar e conhecer melhor o que significa Igreja Católica Apostólica Romana.

Dinâmica

Fazer um boneco de cartolina e dividir em pedaços. Dar um pedaço para cada crismando e montar o boneco no chão.
Perguntar para eles:
– Qual é o membro/órgão/ sistema do corpo que é o mais importante? Por quê?
– A mão é mais importante que a perna?
– O olho pode fazer a mesma função que o nariz?
– Existe algum membro ou parte do corpo que não seja importante?
– Será que existem ao menos dois órgãos em que se possa dizer que um é menos importante que o outro?
– Quando alguma parte do corpo falta ou encontra-se doente, o corpo fica prejudicado? Sim/Não. Por quê?

Pontos a discutir:

• A Igreja fundada por Cristo pode ser comparada a um corpo. Apesar do corpo ser formado por diversos membros, cada um com sua função específica, ele é uno (um só) e sua existência depende da contribuição de cada uma das suas partes.
• A imagem do corpo é usada para falar de unidade, diversidade e solidariedade que devem caracterizar a comunidade cristã.
• (CIC 1267 – trecho) O Batismo faz-nos membros do corpo de Cristo. “Somos membros uns dos outros” (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja.

Ler 1 Cor 12, 12-30 e conversar sobre o texto que compara a Igreja a um corpo constituído de vários membros. Ao final explicar o ensinamento de que a Igreja é o Corpo Místico do qual o Cristo é a cabeça.

Conteúdo

Jesus Cristo tinha a intenção de fundar uma Igreja?

Sim. A prova bíblica está em Mt 16,18: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
O Papa é a cabeça visível da Igreja, aquele que age em nome de Cristo, por ordem do próprio Jesus. Por isso devemos rezar por ele, diante desta difícil função que lhe cabe.

Qual a missão da Igreja?

Ler Mt 28,18-20
o A ordem de Jesus: “Ide…”
o O Batismo em nome da Trindade
o A vivência do Evangelho
o Presença permanente do Cristo

O que quer dizer Igreja?

A palavra igreja deriva de uma palavra da língua grega (ekklesia) que significa assembléia convocada. Assim sendo é a reunião de todos que aceitam e respondem à proposta do Cristo.
A Igreja é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério.

A Igreja como Corpo Místico de Cristo

A Igreja é o Corpo Místico de Cristo, a qual tem Jesus Cristo por cabeça, e nós, Católicos, somos seus membros. Porém, é importante distinguir, sempre, que nós ‘não somos’ propriamente a Igreja, nós ‘fazemos parte’ da Igreja (assim como meu braço não é meu corpo, eu não sou a Igreja).

A Igreja como esposa de Cristo

A unidade entre Cristo e a Igreja, Cabeça e membros do Corpo, implica também a distinção dos dois em uma relação pessoal. Este aspecto é muitas vezes expresso pela imagem do Esposo e da Esposa. O Senhor mesmo designou-se como “o Esposo” (Mc 2,19). Ela é a Esposa imaculada do Cordeiro imaculado, a qual Cristo “amou, pela qual se entregou, a fim de santificá-la” (Ef 5,26), que associou a si por uma Aliança eterna e da qual não cessa de cuidar como de seu próprio Corpo.
Eis o Cristo total, Cabeça e Corpo, um só formado por muitos… Seja a cabeça a falar, seja os membros, é sempre Cristo quem fala. Conforme o que está escrito: “Serão dois em uma só carne. Eis um grande mistério: refiro-me a Cristo e à Igreja” (Ef 5,31-32). E o Senhor mesmo diz no Evangelho: “Já não são dois, mas uma só carne” (Mt 19,6). Como vistes, há de fato duas pessoas diferentes, e todavia elas constituem uma só coisa no amplexo conjugal. Na qualidade de Cabeça ele se diz “Esposo”, na qualidade de Corpo se diz “Esposa”.
Igreja Triunfante, Igreja Padecente e Igreja Militante

A Igreja Triunfante (do Céu) designa aqueles membros já falecidos que se encontram salvos, no céu (os Santos), e que têm a alegria indescritível de estar na presença de Deus, vendo-O como Ele é. Além destes, inclui-se também os anjos, que são mensageiros de Deus, e que também intercedem por nós.

Já a Igreja Militante (da terra) designa os membros que vivem hoje sobre a terra, membros estes que lutam incansavelmente contra os poderes diabólicos, do mundo e da própria carne (cf. Ef 6,11-12; Gl 5,17).

Tais conceitos são especialmente importantes para compreendermos o processo da Comunhão dos Santos, fruto da caridade que se difunde entre todos estes membros da Igreja, onde todos caridosamente intercedem uns pelos outros nas orações que são oferecidas ao Pai Eterno e nas boas obras que são feitas por amor ao Seu nome, e que se revertem em preciosos benefícios para os membros da Igreja Militante (nós) e da Igreja Padecente (do purgatório).

Qual a identidade da Igreja de Jesus?

Nós dizemos: Creio na Igreja “Una, Santa, Católica e Apostólica”.
o UNA: É uma, pois foi fundada por Jesus: Efésios 4,5: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”
o SANTA: É santa porque Santo é Jesus que a fundou e porque nela está o Espírito Santo. A Igreja é santa e sua santidade vem do Cristo, que é sua Cabeça, e continuamente a santifica. Nós, que fazemos parte da Igreja Militante, possuímos pecados, mas nossos pecados não maculam a Igreja, portanto não se pode dizer que a Igreja como um todo é “santa e pecadora”. Pelo contrário, Cristo entregou-se pela Igreja para a santificar e fazer dela santificadora. Através dEla, dos sacramentos, continuamente somos purificados de nossos pecados A santidade da Igreja é a fonte da santificação dos seus filhos, que, aqui, na terra, se reconhecem todos pecadores, sempre necessitados de conversão e de purificação.
Cristo, Filho de Deus, que é com o Pai e o Espírito ‘o único Santo’, amou a Igreja como esposa, entregou-se por ela, para a santificar (cf. Hb 5,25-26), e uniu-a a si como seu corpo, cumulando-a com o dom do Espírito Santo, para glória de Deus. Por isso, todos na Igreja são chamados à santidade.
Neste sentido, desde as origens os membros da Igreja são chamados os “santos” (cf. Act 9,13; 1Co 6,1s; 16,1). Pode-se distinguir, contudo, a santidade da Igreja da santidade na Igreja. A primeira garante a continuidade da missão do povo de Deus até ao fim dos tempos e estimula e ajuda os crentes a perseguir a santidade subjetiva e pessoal. A santidade pessoal é em todo o caso projetada para Deus e para os outros e, por isso, tem um caráter essencialmente social: é santidade “na Igreja”, orientada ao bem de todos.
o CATÓLICA: É católica, pois se destina a toda humanidade. Católico que dizer – universal.
o APOSTÓLICA: Pois vem dos doze apóstolos. Com eles começou a divulgação do Evangelho. Os sucessores dos apóstolos são os bispos: os apóstolos ordenaram novos bispos, que ordenaram outros mais, até que se chegou, sem qualquer interrupção, aos bispos de hoje. Somente a Igreja Católica possui a verdadeira sucessão apostólica, portanto.
o “ROMANA”: É também romana, pois o papa mora em Roma, onde morava São Pedro, que foi o primeiro papa da Igreja. O Papa é o Bispo de Roma.

Quais seriam as características fundamentais da Igreja fundada pelo Cristo?

o Tem sua origem nos dias que Jesus estava na terra.
o Tem como chefe visível o Papa.
o Tem os sete sacramentos.
o Celebra a Eucaristia ou Missa.
o Crê na Ressurreição.
o Está em comunhão com o Bispo da Diocese.

Sobre os ensinamentos da Igreja:

O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.
Há uma conexão orgânica entre nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.
Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o Povo de Deus “se atém indefectivelmente à fé”, sob a guia do Magistério vivo da Igreja.
A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes.

“Fora não Igreja não há salvação”

Com a vinda de Jesus, Deus quis que a Igreja por Ele fundada fosse o instrumento de salvação para toda a humanidade. A Igreja Católica foi desejada por Cristo, portanto não é uma mera escolha, como se costuma dizer: “tanto vale uma religião como outra”, pois, se assim fosse, Cristo não teria se dado ao trabalho de fundá-la. A crença relativista, de que a verdade é relativa e pode mudar conforme a opinião de cada um, é condenada pela Igreja.

A Igreja possui a plenitude da verdade e é sacramento universal da salvação. Outras crenças religiosas podem possuir alguns raios da verdade, mas apenas a Igreja Católica possui a plenitude dos meios da salvação, por vontade do próprio Cristo, que a deixou para que todos os homens pudessem unir-se a ela. Se é verdade que os adeptos das outras religiões podem receber a graça divina, também é verdade que objetivamente se encontram numa situação gravemente deficitária, se comparada com a daqueles que na Igreja têm a plenitude dos meios de salvação. Porém, devemos lembrar que a grandeza da nossa condição como filhos da Igreja não é de nossos próprios méritos, mas uma graça especial de Cristo; se não correspondemos a essa graça, por pensamentos, palavras e obras, em vez de nos salvarmod, incorreremos num juízo mais severo, pois a quem mais é dado, mais será cobrado.

Aqueles que sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras a sua vontade conhecida por meio do ditame da consciência, podem conseguir a salvação eterna. Mesmo assim, cabe à Igreja o dever e também o direito sagrado de evangelizar todos os homens.

Mandamentos da Igreja

Os mandamentos da Igreja visam levar-nos a uma vida ligada à vida litúrgica, para que nos alimentemos dela, ou seja, para que nos aproximemos da Sagrada Eucaristia. A obrigatoriedade destas leis tem como objetivo garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo.

O primeiro mandamento da Igreja (“Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”) ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.
O segundo mandamento (“Confessar-se ao menos uma vez por ano”) assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo.
O terceiro mandamento (“Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição”) garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia Cristã.
O quarto mandamento (“Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja”) determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração.
O quinto mandamento (“Ajudar a Igreja em suas necessidades”) recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades.

Oração

Pedimos a Deus Pai que o Papa Bento XVI possa conduzir a Igreja Católica Apostólica Romana com sabedoria, deixando-se sempre guiar pelas luzes do Espírito Santo. Concedei-lhe, Senhor, a graça de sempre edificar com suas palavras e seus exemplos, e que chegue à vida eterna juntamente com todos nós, que lhes fomos confiados.
E que o Espírito Santo ilumine cada crismando para que ele possa contribuir para a construção da igreja, que tenha o coração aberto para ouvir os ensinamentos de Cristo trazidos por meio dela e que jamais deixem se buscar os sacramentos, fonte de salvação que a Igreja oferece a todos nós. Assim seja.

Nossa missão como igreja é levar Cristo ao mundo.

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domingo, julho 11th, 2010 Encontros, Formação, igreja, Sem categoria Comentários desativados em Igreja