Espírito Santo

“Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja” (João Paulo II)

Oração Inicial: Vinde Espírito Santo

-Vinde Espírito Santo e enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito, e tudo será Criado, e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis, e acendei neles a luz do Espírito Santo. Fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o Teu Espírito e gozemos sempre da sua consolação, por Cristo, Senhor nosso, Amém.

Músicas: Vem, Vem Vem Espírito Santo

Dinâmica:

Colocar um CD – Rosas de Saron ou outro enquanto respondem – silêncio
Distribuir os bilhetes (na última página) com os pés para todos. Não é necessário se identificar.
Colocar as perguntas que estão abaixo na lousa. Cada um vai responder e colocar no centro. E então cada um vai pegar outra resposta que não a sua. Cada um deve ler em voz alta e dizer o que achou do que o outro escreveu, mas como forma de conselho;

Se o outro não sabe quem é Deus deve buscar em…
No dia a dia Deus se manifesta de várias formas, ao acordar, Deus te dá uma nova oportunidade…
Se a pessoa tem fé que ela busque a cada dia se manter firme nos caminhos de Deus…e por aí vai…como se fosse uma conversa entre amigos.

A idéia da dinâmica é que eles sintam a ação do Espírito Santo na prática. Quantas vezes ouvimos uma palavra de uma pessoa que nem conhecemos que cai como uma luva num determinado momento da nossa vida. É ação do Espírito Santo. Quando você não sabia o que dizer e as palavras começam a surgir. É ação do Espírito Santo. Quando um amigo te pede uma ajuda, um conselho, que sejamos sábios e movidos por Deus para ajudar.

No dia-a-dia é possível notar a presença de Deus? Como?
Como atuar o mandato de Jesus: “Tome sua cruz e siga-me” nos dias de hoje?
O que você espera da Crisma? Você já pensou se precisa ou em que precisa mudar sua vida?
Você já sentiu a presença do Espírito Santo em sua vida? Quando?
Procure notar quantas vezes em uma Missa, o celebrante pronuncia a palavra Espírito Santo.
Por quê?
O que é ter fé? Tenho fé?

Formação

Terceira Pessoa da Trindade Santa, este é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja o recebeu do Senhor e o professa no batismo de seus novos filhos. (Cf. MT 28,19) “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

O termo ‘Espírito’ traduz o termo hebraico: ‘Ruah”, o qual em sentido primeiro, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza justamente a imagem sensível para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino.(Cf Jo 3,5-8). Por outro lado, Espírito Santo são atributos divinos comuns às três pessoas Divinas. Mas ao juntar os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam à Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com outros empregos dos termos “espírito” e “santo” .

Desde a ruptura da amizade dos homens com Deus, por causa do pecado original, o Pai
traçou um plano amoroso pra nos resgatar, reatar a união com Ele, através do Filho e do espírito Santo. Já no Antigo Testamento, Deus foi revelando seu plano de enviar o Espírito Santo. Isaías 35-4-7 – “Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus!… Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe. A terra queimada se converterá num lago, e a região da sede, em fontes. No covil dos chacais crescerão caniços e papiros”.

Ezequiel 11,19s – “eu lhes darei um só coração e os animarei com um espírito novo: extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne”.

DESDE SEMPRE EXISTIU

Inicialmente o Espírito Santo não era conhecido pelos homens, embora desde sempre
existisse:

“A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. (Gn 1,2) . No decorrer da Antiga escritura, vemos que o Espírito de Deus era derramado somente em algumas pessoas, a fim de movê-las a uma ação especial. Esta unção era temporária, e beneficiava aos escolhidos por Deus, os juízes, os reis, os profetas, entre outros. O Espírito Santo, Ruah, foi revelado por Jesus como pessoa divina, a terceira da Trindade.

Joel 3,1 – “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo:
vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens
terão visões”.

Atos 2,39 – “Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem
de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.

João 14,14 – “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco”.

Atos 1,5-8 e Jo 1,33 – “mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e
sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. (At 1,8)

Lucas 24,49 – “Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na
cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.

No Novo Testamento, o Espírito Santo está diretamente ligado a Jesus e suas ações. Encontramos várias descrições do Espírito Santo como: Pomba, Água e Fogo. Símbolos que a luz do Catecismo observou seus significados:

Pomba – Quando Cristo volta a subir da água do seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba desce sobre Ele e sobre ele permanece (Cf Mt 3,16). O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados.

Água – O simbolismo deste elemento é significado da ação o Espírito Santo, ela se torna o sinal sacramental e eficaz do novo nascimento: assim como a gestação, nosso primeiro nascimento se operou na água – O Espírito, é, pois, também pessoalmente a água que jorra de Cristo crucificado – Nascimento e Fecundidade da vida no Espírito Santo.

Fogo – Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. João Batista (Lc
1,17) anuncia cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo com fogo” (Lc 3,16), esse Espírito, de Jesus dirá: “Vem trazer fogo à terra, e quando desejaria que já estivesse aceso!” (Lc 12,49). É sobre a forma de línguas “que se diriam de fogo” que o Espírito santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si.

CUMPRIMENTO DA PROMESSA:

O Pentecostes (At 2,1ss) – está no fim da ‘vida’ de Jesus, depois que história da salvação atingiu o seu cume entende-se também o porque disso. Entre nós e o Espírito Santo há dois muros de separação que O impediam de comunicar-se a nós: o muro da natureza e o muro do pecado.

O muro da NATUREZA, porque o Espírito Santo é espírito e nós somos carne; Ele é Deus e nós somos homens (Is 31,3). Era preciso que fossem derrubados esses dois muros, ou preenchidos esses dois abismos, para que o Espírito pudesse ser derramados em nós. E isso é o que aconteceu graças à obra redentora de Cristo. Com a sua encarnação Ele derrubou o muro de separação da Natureza, unindo em si Deus e Homem, o espírito e a carne, criou uma ponte indestrutível entre as duas realidades. Com a sua Páscoa, Ele derrubou o muro de separação do PECADO. O espírito ainda não viera – lê-se no quarto Evangelho – por Jesus não ter sido ainda glorificado (Jo 7,39). Era necessário que antes Jesus morresse, para que o Consolador pudesse vir (Jo 16,7). De fato, morrendo pelos pecados, Jesus derrubou o segundo muro; “destruiu – diz são Paulo- o corpo do pecado”(Rm 6,6). Agora não há mais nada que empeça o Espírito de derramar-se, como de fato vai acontecer em Pentecostes.

Obs: Já na cruz houve derramamento do Espírito Santo, no momento em que Jesus “entregou o espírito”, isto é, que morreu, e que também derramou o Espírito Santo, como é indicado também pela água e pelo sangue que lhe brotam do lado, se levamos em conta o que João escreve na sua primeira carta: “Três são os que testificam: o Espírito, a água e o sangue” (1Jo 5,7-8). O lado aberto refere-se à profecia de Ezequiel sobre o novo templo, de cujo lado sai o rio de água viva (Cf.Ez 47,1ss): de fato, Jesus mesmo define seu corpo destruído e reconstruído como novo templo (Jô 2,19).

Mas é Pentecostes nossa herança, o cumprimento da promessa para nós e nossos filhos, e se Pentecostes está no final da realização da salvação, está no início de sua aplicação a nós. Nós não acabamos com o Espírito Santo, começamos com Ele… “Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo”. (1Cor 12,3). A nossa vida espiritual começa no batismo, que é nosso Pentecostes.

PEDIR PARA OBTER O ESPÍRITO SANTO, ‘O PODER DO ALTO’

Antes de tudo precisamos compreender que o Espírito Santo vivifica a igreja e que a igreja somos nós.

“Sem o Espírito Santo, Deus está distante; o Cristo permanece no passado; o Evangelho é letra morta; a igreja, uma simples organização; a autoridade, uma dominação; a missão uma propaganda; o culto, um arcaísmo; mas com o Espírito, o cosmo é levantado e geme no parto do Reino; o homem luta contra carne; o Cristo está presente, o Evangelho é força de vida; a igreja é sinal de comunhão Trinitária, a autoridade é serviço libertador, a missão é um pentecostes; a liturgia é memorial e antecipação” (PE Raniero Cantalamessa) . Aos Apóstolos que perguntavam se aquele era o tempo da vinda do Reino, Jesus respondeu: “mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. (At 1,8). Com está recomendação também se encerra o Evangelho de Lucas: “Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”. (Lc 24,49). Os discípulos esperam; vem o Espírito Santo (At 2,1ss); recebem a força do alto; começam a pregar com coragem as multidões, três mil pessoas convertem-se, e nasce a primeira comunidade cristã, os primeiros passos da história da igreja. O segundo ponto é que nos preparamos para pentecostes e para o dom do Espírito Santo com oração. Nos Atos dos Apóstolos, depois da informação a respeito da assiduidade à oração (At 1,14), (fala-se (Cf. At 15-26) de 120 pessoas reunidas, em oração para escolha de Matias que substituiu o lugar de Judas). O relato da vinda do Espírito Santo liga-se claramente à situação descrita antes de ardente oração do grupo restrito. Repete-se, pois, o que tinha acontecido no batismo de Jesus: No momento em que Jesus se encontrava em oração, depois de ter sido batizado, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele. (Cf. Lc3,21s). Para São Lucas, foi a oração de Jesus que rasgou os céus e fez descer sobre Ele o Espírito. O mesmo acontece agora. Enquanto a Igreja estava em oração, subitamente ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento… E todos ficaram cheios do Espírito Santo (Cf.At2,2-4). É impressionante a constância com a qual, nos Atos dos Apóstolos, a vinda do Espírito Santo está relacionada com a oração. Saulo “estava rezando” quando o Senhor lhe enviou Ananias para que recuperasse a visão e ele ficou cheio do Espírito Santo (cf. At 9,9.11). Depois da prisão e da libertação de Pedro e João; a
comunidade tinha “acabado de rezar, quando o lugar estremeceu e todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 4,31). Quando os Apóstolos souberam que a Samaria tinham acolhido a Palavra, enviaram Pedro e João; eles desceram e rezaram para os samaritanos receberem o Espírito Santo (At 8,15). De fato, o mesmo Jesus tinha vinculado o dom do Espírito Santo à oração, dizendo: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem”. (Lc 11,13). Tinha-o vinculado não somente à nossa oração, mas também e, sobretudo à sua, quando disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco”. (Jo 14,16). A oração
de Maria com os Apóstolos, reunidos no Cenáculo.

DOM GRATUITO

Contudo, Espírito Santo vem como dom de Deus, gratuito. Quando Simão o mago procurou obter o Espírito Santo com dinheiro, os Apóstolos reagiram indignados. (cf. At 8,18ss).

O Espírito Santo não pode ser comprado, pode ser implorado pela oração. Mas aqui surge uma primeira objeção. Se o Espírito Santo é dom, aliás, o Dom por excelência de Deus, porque é preciso obtê-lo com oração? Que dom seria, se não fosse gratuito? Ambas as coisas são verdadeiras: que é dom e que Deus não o dá, habitualmente, senão para quem lhe pede. Deus não impõe seus dons, mas os oferece. A oração é exatamente a expressão desta aceitação e deste desejo da criatura. É a expressão da liberdade que se abre à graça.

Uma segunda objeção. No Novo Testamento encontramos afirmações que parecem dizer o contrário, isto é, que é preciso ter o Espírito Santo para poder rezar. De fato, São Paulo diz “O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis”. (Rm 8,26); que sem a ação do Espírito Santo, não poderíamos nem dizer que Jesus é o senhor (cf.1Cor 12,3), que é a mais simples das orações. Como, então, dizer que Deus dá o Espírito Santo para quem lhe pede? Vem antes o Espírito Santo ou a oração? No começo esse dom vem gratuito, mas depois é necessário rezar para que este dom permaneça e aumente.

“Pentecostes não é coisa do passado” (Paulo VI)

Frutos
É por este poder do Espírito, diz o Catecismo da Igreja Católica, que os filhos de Deus podem dar frutos. Aquele que nos enxertou n verdadeira vida nos fará produzir “o fruto do Espírito, que é o amor, alegria, paz, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio (Gl 5, 22s)

Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. egundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem
Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: “O Espírito virá sobre Ti…” A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.

Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi a descida do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.

Pela graça do Batismo “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.

Nos entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática do bem.

Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã.

Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo.

Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito. Ungir é esfregar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.
Três coisas são necessárias na administração da Crisma:
? A imposição das mãos sobre a cabeça do crismando;
? A unção com o óleo do Crisma na fronte do crismando;
? As palavras que o Bispo diz: Recebe por este sinal os Dons do Espírito Santo, ao que o
crismando responde: Amém.

Normalmente é o Bispo que ministra o sacramento da Crisma, porém ele pode delegar esse poder a um sacerdote em sua ausência.

Na celebração o Bispo faz essa Oração pedindo os Dons do Espírito Santo: “ Deus Todo
Poderoso que, pela água e pelo Espírito Santo, fizeste renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviando-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o Espírito de Sabedoria e Inteligência, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e Piedade, e enchei-os do Espírito do vosso Temor.”

O Sacramento da Crisma deve provocar no crismando aquilo que o Espírito Santo provocou naqueles que estavam no cenáculo no dia de Pentecostes. Atos dos Apóstolos 2, 1-47.

Para que recebemos o Sacramento da Crisma? Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento do adulto, da responsabilidade. Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este sacramento: “Crisma nos concede o Espírito Santo”.

Olhando para a Bíblia, descobrimos que o Espírito Santo tem duas funções:
1º) o de dar a vida através do Batismo.
2º) e o de levar a vida até sua perfeição (santidade) = Crisma.
A confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar à perfeição segundo a vontade do Pai.

Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra é chegar a plenitude de santidade. Evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo.

Não podemos permanecer semente; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. (At 8, 14 – 19 – At 2, 1-47)

Missão do crismando:

Ser bom fermento que leveda a massa.
Fomentar a caridade fraterna.
Comunicar aos outros o amor de Cristo que está nele.
Mostrar, com palavras e com atos, sua maturidade cristã e o desejo de sempre crescer até atingir a plenitude de Cristo.
Crisma não é um sacramento a mais, é o sacramento que faz o autêntico cristão.
Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho e ser coerente aos compromissos assumidos em relação a ele.

Os sete Dons do Espírito Santo:

Sabedoria: Não a sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a
verdade, que é o próprio Deus: fonte da sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia

Entendimento: É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.

Conselho: É a luz que nos dá o Espírito Santo, para distinguirmos o certo do errado, o
verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho.

Ciência: Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. A verdade que é vida. por esse dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação.

Fortaleza: É o dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, e até mesmo o martírio, se for preciso.

Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.

Temor de Deus:Temor aqui não significa “ter medo de Deus”, mas um amor tão grande, que queima o coração de Respeito por Deus. Não é um pavor pela justiça divina, mas o receio de ofender ou desagradar a Deus.

Música